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UMA JORNADA MISSIONÁRIA


Esta semana, estamos entusiasmados por ter o nosso primeiro escritor convidado para este blog. Estamos usando um apelido por razões de segurança porque pode ser perigoso para os missionários cristãos que estão no Oriente Médio e no Sul da Ásia. Seu desejo é cumprir a Grande Comissão de Jesus em qualquer uma dessas regiões, então ela tem que usar a sabedoria a partir de agora para proteger sua identidade e seu propósito. Espero que seus corações sejam tocados depois de ler este artigo para ir às nações ou sua vizinhança para falar aos outros sobre Jesus.

 

Em 1945, Deus levantou uma americana, solteira, baixinha e franzina. Ao ouvir um pregador numa praça falando de Jesus, ela se converteu, entregando completamente sua a vida a Deus. Sophie Muller fez a diferença servindo por mais de 40 anos na Amazônia brasileira, evangelizando duas tribos indígenas. Antes de falecer em 1997, em uma entrevista, um jornalista cristão perguntou a ela: “Qual é o seu chamado?” Ao que ela respondeu: “Eu jamais tive um chamado, li uma ordem e a obedeci. ”


Por muito tempo, a ideia de um chamado sobrenatural como visões e a voz de Deus, me incomodou muito. Mas não me entenda mal, sei que há muitos servos e servas de Deus que tiveram experiências sobrenaturais ao serem chamados para servir. Porém, para mim, não foi assim. Nasci em uma família cristã, conheço a Verdade desde pequena, frequentei a escola dominical, culto, participei de corais, ministério de louvor e adoração. Estive sempre em contato com o evangelho. Aos 14 anos, lembro que estava em uma conferência e escutei um rapaz falando sobre ser chamado para servir e pensei, naquele momento, que talvez Deus estava me chamando também. Porém, não acreditava que poderia ser uma missionária, afinal quem eu pensava que era? Assim, segui com minha vida, passando por altos e baixos, porém sempre sentindo o amor e cuidado de Deus por mim.


As coisas mudaram a partir do momento em que inicie como voluntária em uma missão que serve junto à população marginalizada: moradores de rua, garotas de programa, travestis e crianças em vulnerabilidade. Tive o contato com uma realidade completamente fora daquilo que estava acostumada a ver e ouvir. Percebi que haviam preconceitos dentro de mim e que, ao me deparar com essa situação, Deus iniciou uma grande transformação. Segui nesse trabalho por uns 3 anos e, inicialmente entendi que deveria assumir o compromisso junto a missão, porém, antes, fui aconselhada a fazer um treinamento missionário. E foi aqui, que ouvi pela primeira vez, a icônica frase de Sophie Muller mencionada acima. Comecei a entender parte da minha jornada com Cristo por um outro ângulo, percebi que Ele vem trabalhando na minha vida através de simples e detalhadas ações. Entendi a ordem dada por Jesus Cristo em Mateus 28.19-20, da mesma forma que essa preciosa missionária entendeu.


No treinamento, tive contato com muitos missionários, brasileiros e estrangeiros. Fui transformada mais uma vez através da convivência com outras pessoas. Apesar de momentos difíceis, foi um período maravilhoso em que puder estar mais próxima do Pai, buscando Sua direção para minha vida.


Ao conhecer outras religiões e realidades, entendi o direcionamento de Deus para os povos não alcançados, mais especificamente, os muçulmanos. Porém, as aulas sobre o Islamismo mostraram que, para servir com excelência junto a esse povo, precisava de um preparo muito maior.


Nesse momento, estou realizando um curso de especialização em Islamismo. Conhecer mais sobre os muçulmanos tem sido algo fascinante e intrigante, sobretudo por perceber o quanto eles precisavam conhecer a verdade que está em Cristo Jesus. Tenho preparado também na aprendizagem da língua árabe, pois sei o quão importante é compartilhar a mensagem ao nativo em seu próprio idioma, pois é a língua do coração.


Os passos seguintes ainda estão nebulosos, sem muita definição. Há em mim, sonhos e desejos em servir em países do Oriente Médio e Sul Asiático, porém ainda não há a confirmação de Deus. Entendo, porém, que este é um momento de preparo em todas as áreas da minha vida, não somente o intelecto, mas o emocional e principalmente o espiritual, pois os desafios em servir em países dessas regiões são muitos. É preciso ter um relacionamento sólido com Deus, sobretudo pela a opressão espiritual que existem. Não se podem agir impulsivamente e seguir rapidamente para o campo, pulando etapas, é necessário esperar o tempo de Deus.


Finalizo esse breve relato com a passagem de Hebreus 6.18,19:


“Portanto, nós que nele refugiamos estamos firmemente seguros ao nos apegarmos à esperança posta diante de nós. Essa esperança é uma âncora firme e confiável para nossa alma. ”

Que essa esperança que temos em Jesus possa fortalecer a cada um de nós e levar-nos até os confins da Terra, “fazendo discípulos de Jesus em todas as nações (povos, raças e etnias), ensinando e batizando em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. ”


Deus te abençoe!


Mariah Oliveira


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