Como cristãos, muitas vezes ouvimos um chamado para “orar por Israel”, especialmente agora com outra escalada no conflito israelense-palestino. Recentemente, vi que duas mulheres israelenses foram mortas e mais de duas dezenas de palestinos morreram após um contra-ataque de Israel, que deixou nove crianças mortas. Comecei a orar pela Palestina também. Tantas vidas inocentes estão sendo perdidas, apanhadas no meio de uma guerra, das quais pouco sabem.
Atualmente, a minoria cristã em muitos países muçulmanos, como o Paquistão, está tendo preocupações crescentes, à medida que radicais muçulmanos vão às ruas protestar contra os ataques aéreos israelenses contra a Palestina. Infelizmente, esta batalha violenta iniciou muitos incêndios em outras partes do mundo, onde a raiva contra cristãos e judeus arde. Enquanto todos os olhos estão voltados para Israel, os cristãos em muitos países estão em perigo. Na verdade, a minoria cristã em Israel também está em risco. Eles estão nessa condição há muito tempo, mas se sentem abandonados pelo movimento evangélico mundial. Ao longo dos anos, eles foram alvos de muçulmanos e judeus ultraortodoxos, também conhecidos como haredim.
Representando apenas 2% da população de Israel, os cristãos são em sua maioria descendentes de árabes. Para traçar um paralelo, os cristãos representam 4% da região do Norte da África e do Oriente Médio, então a porcentagem de cristãos israelenses é bastante baixa. Curiosamente, Pewresearch.org relata que 72% dos cristãos e 68% dos muçulmanos concordam que Israel não pode ser uma democracia e um estado judeu ao mesmo tempo. Isso definitivamente aumenta a tensão religiosa nesta nação, onde os judeus ortodoxos são reconhecidos pelo governo, enquanto aqueles que são conservadores ou reformistas recebem muito pouco apoio do governo. A relação entre os Haredi e os judeus seculares é cheia de desconfiança. E a raiva entre judeus e árabes israelenses, que são aproximadamente 14% da população, muitas vezes acabam em violentos confrontos de rua, que é a situação atual.
Em Jerusalém, aquela que é considerada a igreja mais sagrada, a Igreja do Santo Sepulcro, tem duas famílias muçulmanas como porteiros nesta Casa do Senhor. Esses muçulmanos são vistos como neutros, então eles receberam a chave para manter a paz entre as igrejas ortodoxa grega, ortodoxa armênia e católica, que estão constantemente brigando sobre quem deveria ser o proprietário da igreja. No entanto, este não é um evento recente. Os muçulmanos detêm a chave há algum tempo. Diz-se que a chave “nova” tem 500 anos, e a chave mais antiga quebrada existe há cerca de 850 anos. Sim, é isso mesmo, essas famílias muçulmanas vêm abrindo e fechando as portas desta igreja há vários séculos.
É muito importante que oremos pela paz de Jerusalém e Israel, não apenas porque amamos a nação e queremos prosperar (ver Salmo 122: 6), mas porque é isso que Cristo deseja que façamos. Ele também deseja que amemos os palestinos e oremos por eles também, como nos disse para amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem (ver Mateus 5:44). E se você não considera os palestinos seus inimigos, tudo bem. Ainda ore por eles como devemos orar uns pelos outros enquanto amamos nosso próximo como a nós mesmos. E, vamos pedir a Deus que dê Sua paz a todos aqueles que estão de luto pela perda de um ente querido neste conflito.
Enquanto oramos por Israel, oremos pelos cristãos que se sentem oprimidos ali e peçamos paz entre as denominações, para que haja unidade dos crentes. Oremos também pelos cristãos que sentem o calor do conflito entre Israel e Palestina, embora não vivam nesses países. Oremos sem cessar.
Com toda oração e petição ore em todos os momentos no Espírito, e com isso em vista, fique alerta com toda perseverança e petição por todos os santos. Efésios 6:18
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